OBRA SUSTENTÁVEL

OBRA SUSTENTÁVEL

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

EM DEFESA DO LIGHT STEEL FRAME - CBCA


Está matéria saiu no site da CBCA:
A oferta de um novo e rico leque de construções alternativas à alvenaria, em que se destacam as construções em LSF pela rapidez na entrega, alta durabilidade dos imóveis e o viés sustentável obtido pelo uso de materiais secos, avalizados por selos verdes, e a utilização racional da mão de obra empregada, ainda não tem recebido um tratamento adequado tanto de quem fiscaliza, quanto de quem projeta o fim dos flancos deixados pelas políticas habitacionais do passado.
A arquitetura e a engenharia brasileira estão mudando. A tecnologia e novas pesquisas no modo de projetar e produzir casas, edifícios, condomínios, enfim, vieram agregar elementos modernos e eficazes na busca de edificações seguras e sustentáveis. Mas, esse processo novo e definitivo para a história do construir no Brasil carece da adoção de critérios e normas técnicas, urgentemente.
Tenho sido instada a discorrer sobre o avanço da busca por este sistema alternativo construtivo e, principalmente, a prestar assessoria e consultoria a construtores e/ou consumidores de várias cidades brasileiras, e a formar engenheiros e arquitetos por meio da Mic Tech, uma das primeiras empresas especializadas na capacitação profissional em Light Steel Frame.
Ao acompanhar o desenvolvimento desta nova tecnologia construtiva nos principais municípios e capitais do País, identifico, com preocupação, alguns caminhos inseguros adotados por construtores ainda desinformados e pela popularização dos materiais básicos desse modo de construção que, utilizados inadvertidamente, sem o acompanhamento e sem um correto projeto executivo, colocam em risco a vida dos usuários de casas, prédios, galpões e indústrias edificadas em LSF, num primeiro momento. E, em um segundo patamar, menos doloso mas também perigoso para o próprio mercado, o uso do próprio sistema construtivo no Brasil.
Explico melhor o porquê de cobrar, neste artigo, em especial, os organismos fiscalizadores, conselhos, sindicatos, institutos, órgãos fiscalizadores em suma, fundamentais para a melhor ordenação e utilização em projetos em massa do LSF.
As perspectivas de crescimento da construção civil no Brasil, embaladas pelo déficit estrondoso de moradias e toda uma teia de construções inexistentes para suprir esse mágico mercado consumidor que se constituiu agora o Brasil com a falência de outrora grandes economias – lojas, shoppings, aeroportos, galpões industriais e comerciais – e pela urgência deflagrada pela proximidade das competições internacionais (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos) foram prontamente assimiladas pelos principais fabricantes da matéria-prima básica do LSF. Tanto é assim que todos os itens usados para levantar um edifício –aço, lãs minerais ou de pet, placas cimentícias, etc – são prontamente entregues em qualquer estado brasileiro, por fornecedores altamente qualificados e interessados no sucesso desse nicho.

Boa notícia
Ao fechar mais um ciclo com os dias finais deste 2011 e a expectativa com o aproximar de 2012, apesar das preocupações com os rumos da construção em LSF, há motivos para apostar em um crescimento real na ampliação do total de projetos executados.
Tanto pelo crescimento como na  procura por cursos e pelas conquistas importantes com a construção, por exemplo, da primeira agência da própria Caixa Econômica Federal (CEF) em LSF.
Vitrine para novas construções a partir dessa moderna tecnologia, a agência bancária construída por meio dessa moderna tecnologia em Brasília, e entregue há pouco tempo, celebra uma grande conquista para os defensores dessa linha construtiva.
Na entrega da obra no Distrito Federal, o prazo de construção da unidade, enxutos quatro meses, foi destaque no discurso do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Paulo Roberto dos Santos. Algo que temos defendido na Revista Sistemas Prediais há tempos, começa a ser concretizado por meio de um dos braços mais importantes do governo federal – a própria CEF - para o amadurecimento do LSF no País.
Em palavras próprias, Paulo Roberto dos Santos, sintetizou, da seguinte forma, a conquista obtida ao apostar neste modelo: "A construção da nova sede levou quatro meses ao invés dos oito meses previstos. Utilizamos uma nova tecnologia que garantiu que houvesse o mínimo de resíduos de material de construção".
A redução de perdas de materiais de construção e a possibilidade de se abreviar o tempo para entrega do imóvel e custos com uma série de outros elementos vitais para a economia global – água, energia elétrica, mão de obra, entre outros – são os principais ganhos do LSF.
Com o conhecimento já obtido por algumas pioneiras e responsáveis construtoras, não há como admitir um tratamento leviano para com futuro do LSF no Brasil. Por isso é que volto a defender, com insistência até, a necessidade de se colocar na agenda da política habitacional brasileira mecanismos mais eficientes e responsáveis no tratamento que será dado a esse sistema nos próximos anos. Nós temos uma excelente oportunidade de oferecer casas melhores, construções mais duráveis. Mas, para isso, há de se tratar corretamente a implantação do LSF em larga escala.


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